quarta-feira, 22 de outubro de 2008

história angolana

História Angolana:
O nome Angola deriva da palavra bantu N'gola, título dos governantes da região no século XVI, época na qual começou a o estabelecimento de entrepostos comerciais da região pelos portugueses[carece de fontes?]. A colonização em massa (efectiva) deu-se após o Ultimato Britânico. Visou açambarcar a maior quantidade de território possível.
Foi uma colónia portuguesa até 1975, ano em que o país ganhou sua independência. Durante a ocupação filipina de Portugal, os holandeses procuraram desapossar os portugueses desta região, ocupando grande parte do litoral (Benguela, Santo António do Zaire, as barras do Bengo e do Cuanza). Em 1648, o luso-brasileiro Salvador Correia de Sá reuniu no Rio de Janeiro uma grande expedição, com uma frota de quinze navios e cerca de dois mil homens, que expulsou os holandeses para contentamento tanto dos portugueses como dos colonos do Brasil. No século XX Angola não conheceu a paz desde 1961 até 2002, primeiro em virtude da luta contra o domínio colonial português, depois como consequência da guerra civil que eclodiu em 1975 entre os principais partidos de Angola, os anteriores movimentos de libertação. O poder político manteve-se na posse do Movimento Popular de Libertação de Angola desde 1975, embora o partido da oposição União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) tenha dominado parte do território até ao fim da última guerra civil.
Localização/Angola:
Angola é um país da costa ocidental de África, cujo território principal é limitado a norte e a leste pela República Democrática do Congo, a leste pela Zâmbia, a sul pela Namíbia e a oeste pelo Oceano Atlântico. Angola inclui também o enclave de Cabinda, através do qual faz fronteira com a República do Congo, a norte. Para além dos vizinhos já mencionados, Angola é o país mais próximo da colónia britânica de Santa Helena.
Uma antiga colónia de
Portugal, foi colonizada no século XV, e permaneceu como sua colónia até à independência em 1975. O primeiro europeu a chegar a Angola foi o explorador português Diogo Cão. Sua capital é Luanda

Pobreza Angolana

Pobreza Angolana:
Angola foi o país produtor de petróleo que mais cresceu em África, de acordo com o relatório “ Perspectivas Económicas em África 2005-2006 “, elaborado pelo Centro de Desenvolvimento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico da OCDE, em colaboração com o Banco Africano de Desenvolvimento ( BAD ), o Produto Interno Bruto ( PIB ) real em Angola deverá crescer 15,5% em 2005 e prevendo-se um crescimento de 26% este ano e de 20% para 2007.
Segundo a OCDE a exploração de petróleo representa mais de 50% do PIB e o sector da construção terá boas oportunidades de crescimento, enquanto o sector de serviços é incipiente.
Há observações quanto as deficiências de infraestruturas nas Províncias do interior, atrasos na desminagem e morosidade na reinstalação das populações deslocadas e dos antigos combatentes. Tem que haver melhorias na transparência e no planeamento do desenvolvimento a longo prazo, bem como nos ambientes de negócios.
A outra realidade é que 70% dos 14 Milhões de cidadãos Angolanos vivem na miséria ( com um máximo de 1,7 Dólar ( 1,3 EUROS ) por dia, num país que é o segundo maior produtor de petróleo de África, segundo um relatório financiado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento ( PNUD ). Para além das riquezas minerais o país beneficia de um solo fértil, bons níveis de pluviosidade, de floresta e de reservas de água suficientes. Este relatório recomenda ao Governo Angolano que “ rectifique as políticas económicas e orçamental, pratique a transparência e adopte políticas realistas, baseadas em cálculos concretos”, salientando que a evolução do país para os Objectivos do Milénio tem sido fraca, apesar do programa de luta contra a pobreza que visa diminuir a miséria em 34%, até 2015. Segundo o relatório, as probabilidades de o Governo atingir esse objectivo “ são extremamente diminutas “.
A actual crise alimentar apontada pelo PAM, que chegou a Angola em 1976, que teve de suspender a distribuição de alimentos a 700 mil angolanos, entre eles 220 mil crianças, devido à falta de financiamento por parte dos países doadores. Para uma eventual retomada das operações seriam precisos 6.2 milhões de dólares para custear o transporte de mantimentos para as diversas zonas do país. Responsáveis do PAM em Luanda deram conta da existência de 17 mil toneladas de bens alimentares, mas não havia dinheiro para transporta-las até aos destinatários. Será que não haverá uma má vontade política por parte do Governo Angolano, em disponibilizar alguns milhões de USD, para socorrer 700 mil compatriotas que estão sob ameaça da fome?! Numa altura em que o projecto de Orçamento Geral do Estado ( OGE ) para 2007 foi apresentado na Cidade Alta numa sessão extraordinária orientada pelo Presidente da República, o sector social, com 28,1% da despesa do total, continua a beneficiar da maior proporção, enquanto o sector da defesa e ordem interna é contemplado com cerca de 12,7% e os gastos com a administração pública consomem 22,6 % da totalidade do orçamento por estarem neles incluídos as receitas referentes aos projectos de investimento que se destinarão aos outros sectores.O déficit projectado continua a ser baixo, cerca de 3% do Produto Interno Bruto. A meta de inflação continua a ser razoável para as condições económicas que temos: 10%, exactamente igual a que preconizamos para o ano em curso e tudo isto dentro de um contexto de crescimento económico que continuamos a considerar elevado.Dois triliões e meio de kwanzas para o próximo OGE representa o dobro do orçamento de 2005. O cidadão perante estes dados macro-económicos, de crescimento da economia a custa da produção do petróleo e a duplicação dos valores orçamentados para 2007, vai acreditar, que agora é que Governo Angolano se disponibiliza a resolver os problemas gritantes do Povo?! Acredito que a resposta a estas e outras questões serão dadas pelo VOTO POPULAR no dia das eleições, que o Presidente da República tarda em marcar e que o Partido maioritário deseja que seja o mais tarde possível, perante uma oposição parlamentar « adormecida », que de legislatura em legislatura, vai usufruindo das mordomias dos « cargos » de um GURN caduco e de uma Assembleia Nacional que caiu em descrédito.


BAQUE Virado

Baque Virado
Ouço batuques e maracatus na TV Que país é esse que a gente nunca vê? A não ser na CNN em Espanhol Em fevereiro tudo vira show Isso não é uma tribo aborígine... São negros sim, que falam Português Pau-Brasil, bola da vez De antenas ligadas do Sudeste De frente do prédio da FIESP Numa distância de anos-luz Escuto batuques e maracatus... Se vira, meu Baque virado não é virado à paulista Não é um samba, samba, samba não... Ouço batuques e maracatus na TV Que país é esse que a gente nunca vê?... É um baque urbano que ouço daqui As alfaias tocando pra quem quer ouvir É um batuque rural de canavial Com chocalhos nas costas do Recife Realeza vestida de pano de chita... São negros sim, que falam Português Pau-Brasil, bola da vez São pretos, marrons em tela plana São filhos e netos de dona Santa Então por que essa dança tribal A gente só pode ver na TV? Se vira, meu Baque virado não é virado à paulista Não é um samba, samba, samba não... Ouço batuques e maracatus na TV Que país é esse que a gente nunca vê?

O Poema

Árvore de Frutos
Cheiras ao caju da minha infância
e tens a cor do barro vermelho molhado
de antigamente;
há sabor a manga a escorrer-te na boca
e dureza de maboque a saltar-te nos seios.
Misturo-te com a terra vermelha
e com as noites
de histórias antigas
ouvidas há muito.
No teu corpo
sons antigos dos batuques à minha porta,
com que me provocas,
enchem-me o cérebro de fogo incontido.
Amor, és o sonho feito carne
do meu bairro antigo do musseque!