Baque Virado
Ouço batuques e maracatus na TV Que país é esse que a gente nunca vê? A não ser na CNN em Espanhol Em fevereiro tudo vira show Isso não é uma tribo aborígine... São negros sim, que falam Português Pau-Brasil, bola da vez De antenas ligadas do Sudeste De frente do prédio da FIESP Numa distância de anos-luz Escuto batuques e maracatus... Se vira, meu Baque virado não é virado à paulista Não é um samba, samba, samba não... Ouço batuques e maracatus na TV Que país é esse que a gente nunca vê?... É um baque urbano que ouço daqui As alfaias tocando pra quem quer ouvir É um batuque rural de canavial Com chocalhos nas costas do Recife Realeza vestida de pano de chita... São negros sim, que falam Português Pau-Brasil, bola da vez São pretos, marrons em tela plana São filhos e netos de dona Santa Então por que essa dança tribal A gente só pode ver na TV? Se vira, meu Baque virado não é virado à paulista Não é um samba, samba, samba não... Ouço batuques e maracatus na TV Que país é esse que a gente nunca vê?
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
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Um comentário:
ESTE POEMA ME EMOCIONOU
PARABENS!!!
CLAUDINHA
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