segunda-feira, 13 de outubro de 2008

POEMA

As mãos. Mãos calejadasE enrugadasMãos precocemente envelhecidasE endurecidasAs mãos sofridas da mulherCansadas de sofrer!As mãos. Mãos molhadasE húmidasToneladas de roupa no tanqueÀ espera das mãos trabalhadorasE sofredorasToneladas de roupa à espera num qualquer musseque!As mãos da mãe. Mãos outrora finas e delicadasAgora maltratadasE calejadasA roupa, o tanque, a cozinha, a lida da casa…E as mãos cansadas na sua belezaAs mãos na sua aspereza!As mãos da mãe. Mãos enrijecidasE endurecidasMãos ásperas travaram longas batalhasE exibem as medalhasExibem os calos das batalhas travadasOs calos das mãos. As mãos da mãe outrora delicadas!As mãos. As mãos da mãe trabalham a terraCom vigor e garraAs mãos trabalham, o suor correO suor escorreAs mãos cultivam os produtos, cultivam o milhoAs mãos calejadas alimentam o filho!As mãos da mãe. Mãos ásperas sem instruçãoMãos sem escola, sem preparaçãoTrabalham duroE preparam o futuroAs mãos sem escola vão formar doutores e engenheirosAs mãos sem escola vão formar cérebros!As mãos da mãe. Mãos lindas plantando rosas de amorMãos lindas plantando um mundo melhor!

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