quarta-feira, 22 de outubro de 2008

história angolana

História Angolana:
O nome Angola deriva da palavra bantu N'gola, título dos governantes da região no século XVI, época na qual começou a o estabelecimento de entrepostos comerciais da região pelos portugueses[carece de fontes?]. A colonização em massa (efectiva) deu-se após o Ultimato Britânico. Visou açambarcar a maior quantidade de território possível.
Foi uma colónia portuguesa até 1975, ano em que o país ganhou sua independência. Durante a ocupação filipina de Portugal, os holandeses procuraram desapossar os portugueses desta região, ocupando grande parte do litoral (Benguela, Santo António do Zaire, as barras do Bengo e do Cuanza). Em 1648, o luso-brasileiro Salvador Correia de Sá reuniu no Rio de Janeiro uma grande expedição, com uma frota de quinze navios e cerca de dois mil homens, que expulsou os holandeses para contentamento tanto dos portugueses como dos colonos do Brasil. No século XX Angola não conheceu a paz desde 1961 até 2002, primeiro em virtude da luta contra o domínio colonial português, depois como consequência da guerra civil que eclodiu em 1975 entre os principais partidos de Angola, os anteriores movimentos de libertação. O poder político manteve-se na posse do Movimento Popular de Libertação de Angola desde 1975, embora o partido da oposição União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) tenha dominado parte do território até ao fim da última guerra civil.
Localização/Angola:
Angola é um país da costa ocidental de África, cujo território principal é limitado a norte e a leste pela República Democrática do Congo, a leste pela Zâmbia, a sul pela Namíbia e a oeste pelo Oceano Atlântico. Angola inclui também o enclave de Cabinda, através do qual faz fronteira com a República do Congo, a norte. Para além dos vizinhos já mencionados, Angola é o país mais próximo da colónia britânica de Santa Helena.
Uma antiga colónia de
Portugal, foi colonizada no século XV, e permaneceu como sua colónia até à independência em 1975. O primeiro europeu a chegar a Angola foi o explorador português Diogo Cão. Sua capital é Luanda

Pobreza Angolana

Pobreza Angolana:
Angola foi o país produtor de petróleo que mais cresceu em África, de acordo com o relatório “ Perspectivas Económicas em África 2005-2006 “, elaborado pelo Centro de Desenvolvimento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico da OCDE, em colaboração com o Banco Africano de Desenvolvimento ( BAD ), o Produto Interno Bruto ( PIB ) real em Angola deverá crescer 15,5% em 2005 e prevendo-se um crescimento de 26% este ano e de 20% para 2007.
Segundo a OCDE a exploração de petróleo representa mais de 50% do PIB e o sector da construção terá boas oportunidades de crescimento, enquanto o sector de serviços é incipiente.
Há observações quanto as deficiências de infraestruturas nas Províncias do interior, atrasos na desminagem e morosidade na reinstalação das populações deslocadas e dos antigos combatentes. Tem que haver melhorias na transparência e no planeamento do desenvolvimento a longo prazo, bem como nos ambientes de negócios.
A outra realidade é que 70% dos 14 Milhões de cidadãos Angolanos vivem na miséria ( com um máximo de 1,7 Dólar ( 1,3 EUROS ) por dia, num país que é o segundo maior produtor de petróleo de África, segundo um relatório financiado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento ( PNUD ). Para além das riquezas minerais o país beneficia de um solo fértil, bons níveis de pluviosidade, de floresta e de reservas de água suficientes. Este relatório recomenda ao Governo Angolano que “ rectifique as políticas económicas e orçamental, pratique a transparência e adopte políticas realistas, baseadas em cálculos concretos”, salientando que a evolução do país para os Objectivos do Milénio tem sido fraca, apesar do programa de luta contra a pobreza que visa diminuir a miséria em 34%, até 2015. Segundo o relatório, as probabilidades de o Governo atingir esse objectivo “ são extremamente diminutas “.
A actual crise alimentar apontada pelo PAM, que chegou a Angola em 1976, que teve de suspender a distribuição de alimentos a 700 mil angolanos, entre eles 220 mil crianças, devido à falta de financiamento por parte dos países doadores. Para uma eventual retomada das operações seriam precisos 6.2 milhões de dólares para custear o transporte de mantimentos para as diversas zonas do país. Responsáveis do PAM em Luanda deram conta da existência de 17 mil toneladas de bens alimentares, mas não havia dinheiro para transporta-las até aos destinatários. Será que não haverá uma má vontade política por parte do Governo Angolano, em disponibilizar alguns milhões de USD, para socorrer 700 mil compatriotas que estão sob ameaça da fome?! Numa altura em que o projecto de Orçamento Geral do Estado ( OGE ) para 2007 foi apresentado na Cidade Alta numa sessão extraordinária orientada pelo Presidente da República, o sector social, com 28,1% da despesa do total, continua a beneficiar da maior proporção, enquanto o sector da defesa e ordem interna é contemplado com cerca de 12,7% e os gastos com a administração pública consomem 22,6 % da totalidade do orçamento por estarem neles incluídos as receitas referentes aos projectos de investimento que se destinarão aos outros sectores.O déficit projectado continua a ser baixo, cerca de 3% do Produto Interno Bruto. A meta de inflação continua a ser razoável para as condições económicas que temos: 10%, exactamente igual a que preconizamos para o ano em curso e tudo isto dentro de um contexto de crescimento económico que continuamos a considerar elevado.Dois triliões e meio de kwanzas para o próximo OGE representa o dobro do orçamento de 2005. O cidadão perante estes dados macro-económicos, de crescimento da economia a custa da produção do petróleo e a duplicação dos valores orçamentados para 2007, vai acreditar, que agora é que Governo Angolano se disponibiliza a resolver os problemas gritantes do Povo?! Acredito que a resposta a estas e outras questões serão dadas pelo VOTO POPULAR no dia das eleições, que o Presidente da República tarda em marcar e que o Partido maioritário deseja que seja o mais tarde possível, perante uma oposição parlamentar « adormecida », que de legislatura em legislatura, vai usufruindo das mordomias dos « cargos » de um GURN caduco e de uma Assembleia Nacional que caiu em descrédito.


BAQUE Virado

Baque Virado
Ouço batuques e maracatus na TV Que país é esse que a gente nunca vê? A não ser na CNN em Espanhol Em fevereiro tudo vira show Isso não é uma tribo aborígine... São negros sim, que falam Português Pau-Brasil, bola da vez De antenas ligadas do Sudeste De frente do prédio da FIESP Numa distância de anos-luz Escuto batuques e maracatus... Se vira, meu Baque virado não é virado à paulista Não é um samba, samba, samba não... Ouço batuques e maracatus na TV Que país é esse que a gente nunca vê?... É um baque urbano que ouço daqui As alfaias tocando pra quem quer ouvir É um batuque rural de canavial Com chocalhos nas costas do Recife Realeza vestida de pano de chita... São negros sim, que falam Português Pau-Brasil, bola da vez São pretos, marrons em tela plana São filhos e netos de dona Santa Então por que essa dança tribal A gente só pode ver na TV? Se vira, meu Baque virado não é virado à paulista Não é um samba, samba, samba não... Ouço batuques e maracatus na TV Que país é esse que a gente nunca vê?

O Poema

Árvore de Frutos
Cheiras ao caju da minha infância
e tens a cor do barro vermelho molhado
de antigamente;
há sabor a manga a escorrer-te na boca
e dureza de maboque a saltar-te nos seios.
Misturo-te com a terra vermelha
e com as noites
de histórias antigas
ouvidas há muito.
No teu corpo
sons antigos dos batuques à minha porta,
com que me provocas,
enchem-me o cérebro de fogo incontido.
Amor, és o sonho feito carne
do meu bairro antigo do musseque!

População da angola

Nota: Para outros significados de Angola, ver Angola (desambiguação).
11º 54' S 17º 12' E
República de Angola


Bandeira
Brasão de Armas
Lema: Virtus Unita Fortior(Latim: A unidade dá força)
Hino nacional: Angola Avante!
Gentílico: AngolanoAngolense[1]

Capital
Luanda08°49′S, 13°14′E
Cidade mais populosa
Luanda
Língua oficial
Português
Governo
República
- Presidente
José E. dos Santos
- Primeiro-ministro
Paulo Kassoma
Independência

- Data
11 de novembro de 1975
Área

- Total
1.246.700 km² (23º)
- Água (%)
desprezível
População

- Estimativa de 2007
16.900.000 hab. (70º)
- Censo 1970
5.646.166
- Densidade
13,56 hab./km² (199º)
PIB (base PPC)
Estimativa de 2006
- Total
US$53,929 bilhões (77º)
- Per capita
US$4,500 (121º)
IDH (2007)
0,446 (162º) – baixo
Moeda
Kwanza (AOA)
Fuso horário
WAT (UTC+1)
Cód. Internet
.ao
Cód. telef.
+244
Website governamental
http://www.angola-portal.ao/

Angola é um país da costa ocidental de África, cujo território principal é limitado a norte e a leste pela República Democrática do Congo, a leste pela Zâmbia, a sul pela Namíbia e a oeste pelo Oceano Atlântico. Angola inclui também o enclave de Cabinda, através do qual faz fronteira com a República do Congo, a norte. Para além dos vizinhos já mencionados, Angola é o país mais próximo da colónia britânica de Santa Helena.
Uma antiga colónia de Portugal, foi colonizada no século XV, e permaneceu como sua colónia até à independência em 1975. O primeiro europeu a chegar a Angola foi o explorador português Diogo Cão. Sua capital é Luanda

NEGRO


Saúde da angola





Política
Ver artigo principal: Política de Angola

Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
Actualmente, o poder político em Angola está concentrado na Presidência. O ramo executivo do governo é composto pelo presidente (atualmente José Eduardo dos Santos), pelo primeiro-ministro (actualmente Fernando da Piedade Dias dos Santos) e pelo Conselho de Ministros. O Conselho de Ministros, composto por todos os ministros e vice-ministros do governo, reúne-se regularmente para discutir os assuntos políticos do país. Os governadores das 18 províncias são nomeados pelo presidente e executam as suas directivas. A Lei Constitucional de 1992 estabelece as linhas gerais da estrutura do governo e enquadra os direitos e deveres dos cidadãos. O sistema legal baseia-se no português e na lei do costume, mas é fraco e fragmentado. Existem tribunais só em 12 dos mais de 140 municípios do país. Um Supremo Tribunal serve como tribunal de apelação. Um Tribunal Constitucional com poderes de revisão judicial nunca foi constituído apesar de existir autorização estatutária.

Economia da Angola

A economia de Angola caracteriza-se por ser predominantemente agrícola, sendo o café sua principal cultura. Seguem-se-lhe cana-de-açúcar, sisal, milho, óleo de coco e amendoim. Entre as culturas comerciais, destacam-se o algodão, o tabaco e a borracha. A produção de batata, arroz, cacau e banana é relativamente importante. Os maiores rebanhos são de gado bovino, caprino e suíno.
Angola é rica em minerais, especialmente diamantes, petróleo e minério de ferro; possui também jazidas de cobre, manganês, fosfatos, sal, mica, chumbo, estanho, ouro, prata e platina. As minas de diamante estão localizadas perto de Dundo, no distrito de Lunda. Importantes jazidas de petróleo foram descobertas em 1966, ao longo de Cabinda, assegurando ao país a autosuficiência. Em 1975 foram localizados depósitos de urânio perto da fronteira com a Namíbia.
As principais indústrias do território são as de beneficiamento de oleaginosas, cereais, carnes, algodão e tabaco. Merece destaque, também, a produção de açúcar, cerveja, cimento e madeira, além do refino de petróleo. Entre as indústrias destacam-se as de pneus, fertilizantes, celulose, vidro e aço. O parque fabril é alimentado por cinco usinas hidroelétricas, que dispõem de um potencial energético superior ao consumo.
O sistema ferroviário de Angola compõe-se de cinco linhas que ligam o litoral ao interior. A mais importante delas é a estrada de ferro de Benguela, que faz a conexão com as linhas de Catanga, na fronteira com o Zaire. A rede rodoviária, em sua maioria constituida de estradas de segunda classe, liga as principais cidades. Os portos mais movimentados são os de Luanda, Benguela, Lobito, Moçâmedes e Cabinda. O aeroporto de Luanda é o centro de linhas aéreas que põem o país em contato com outras cidades africanas e européias. O país contínua a manter estreitos laços económicos com Portugal.

Reza, Maria


Suam no trabalho as curvadas bestasE não são bestasSão homens, Maria!Corre-se a pontapés os cães na fome dos ossosE não são cãesSão seres humanos, Maria!Feras matam velhos, mulheres e criançasE não são feras, são homensE os velhos, as mulheres e as criançasSão os nossos paisNossas irmãs e nossos filhos, Maria!Crias morrem à míngua de pãoVermes na rua estendem a mão à caridadeE nem crias, nem vermes sãoMas aleijados meninos sem casas, Maria!Do ódio e da guerra dos homensDas mães e das filhas violadasDas crianças mortas de anemiaE de todos os que apodrecem nos calabouçosCresce no mundo o girassol da esperançaAh! Maria,Põe as mãos e rezaPelos homens todosE negros de toda a partePõe as mãosE reza, Maria!

NEGRA

Negra! És bela como um vaso de begôniaNo tipo exótico definido nos teus traços,Pra ti eu abro sempre os meus braçosE tiro o meu chapéu... sem cerimônia.Negra! A tua beleza está em cada parteDo teu corpo de sublime formosura,No teu sorriso de malícia e de doçura,No teu olhar que seduz com extrema arte...Nos teu cabelo carapinha, encrespado,Que com graça divides em mil tranças,Na tua pele lisa, luzidia, sem manchas,Que ao sol reflete um tom amarronzado.Negra como a noite que a luz repele,Orgulha-te da linda cor da tua peleE do teu cabelo artisticamente trançado...Tu és um mar de sensualidade e doçura,E eu, além de ser teu irmão de pele escura,Sou também teu fã - teu eterno apaixonado!





A mulher angolana após o final do conflito
Henda Ducados - 2004
Quatro décadas de um conflito violento infligiram danos pesados à população angolana e especialmente às mulheres. O diferente impacto do conflito e da pobreza em Angola sobre os dois sexos são evidentes nos indicadores inferiores de desenvolvimento humano das mulheres em comparação aos homens. Com a falta de segurança humana ainda uma realidade quotidiana, as mulheres e crianças constituem os grupos mais vulneráveis e, normalmente, a par dos idosos de ambos os sexos, constituem cerca de 80 por cento da população internamente deslocada. Após a guerra, as mulheres angolanas enfrentam novos desafios e lutam para vencer estes obstáculos e participar plenamente na sua sociedade. Contudo, parece que o governo não conseguiu até o momento responder às mudanças no papel da mulher angolana e às transformação de relações entre os sexos.
A participação das mulheres na guerra
A história recente das mulheres angolanas permanece amplamente desconhecida do discurso popular sobre a guerra. Os caminhos percorridos por mulheres no papel de soldados, líderes, activistas, sobreviventes e vítimas de uma das guerras mais trágicas do continente africano ainda têm de ser discutidos e suas implicações percebidas.
A Organização da Mulher Angolana (OMA), criada em 1962 como ala feminina do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), teve uma influência crucial no apoio às forças guerrilheiras dentro e fora de Angola. Os relatórios sobre as actividades da OMA mostram que seus membros contribuíam para a produção de alimentos para o exército guerrilheiro, organizavam campanhas de alfabetização e de cuidados básicos de saúde e transportavam armamentos e alimentos a grandes distâncias. Não há estimativas do número de mulheres que participavam do exército guerrilheiro da MPLA, mas os testemunhos orais indicam uma quantidade substancial.
A OMA encarava o envolvimento e participação da mulher na guerra da independência como sendo "um campo de prova em que todos os participantes eram exigidos a dar o máximo do seu esforço e desenvolver seus talentos e habilidades". Como em outras organizações femininas, a liderança da OMA incluía principalmente mulheres educadas com laços familiares fortes ou maritais com a liderança política do partido. Não obstante, a maioria dos membros eram mulheres comuns de todos antecedentes sociais e étnicos, que se envolveram no activismo político e no trabalho comunitário. Consequentemente, com a independência, a OMA ganhou apoio popular suficiente para contar com delegados em todas as províncias e estima-se um total de 1,8 milhão de membros registrados em 1983.
Por sua vez, a Liga Independente de Mulheres Angolanas (LIMA), a ala feminina da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) foi fundada em 1973 e também desempenhou um papel importante na luta pela libertação. A versão corrente é que as mulheres que testemunharam o trabalho das alas femininas de outros movimentos africanos de libertação nacional instigaram a criação da LIMA. Em contraste com a OMA, as mulheres que ocupavam posições de liderança na LIMA não tinham laços de parentesco com a liderança da UNITA, devido ao temor de represálias sobre os maridos se as mulheres fracassassem nos seus esforços.
A actividade das mulheres na UNITA durante a luta pela libertação envolvia o transporte de materiais, alimentos e armamentos para os homens na linha de combate. As cargas eram transportadas na cabeça e as distâncias eram longas. Suas actividades políticas consistiam principalmente na mobilização de pessoas e especialmente na adesão dos jovens à luta armada. As mulheres também eram treinadas como activistas políticos. Durante a guerra civil após a independência, as mulheres continuaram em actividade em todas as frentes e a liderança da LIMA era notada em comícios políticos dentro e fora do país.
O legado da guerra
As mulheres sofreram as consequências directas da guerra de maneiras diversas. Além do grande número de mulheres que morreram em consequência de combates, também se reconhece que muitas foram violadas por combatentes de ambos os lados. Embora os soldados devessem proteger a população, muitos aproveitaram-se de sua posição para subjugar as mulheres. O seu comportamento e o impacto sobre as relações de poder entre os dois sexos talvez tenham solapado de forma durável a confiança da população feminina nesses soldados. Além disso, as mulheres sofreram em maior proporção com acidentes causado por minas, devido às suas responsabilidades pela colecta de alimentos. Muitas perderam seus maridos e filhos com a guerra, aumentado assim o número de mulheres encabeçando lares.
A guerra e seus impacto aumentaram o fardo de trabalho das mulheres, já que elas assumiram uma responsabilidade maior pelas actividades desenvolvidas normalmente pelos homens, como a provisão do lar, disciplinar os filhos, construção e reparação de casas, contacto com os líderes comunitários e funcionários governamentais, e cumprimento das obrigações sociais e religiosas. Muitas continuam a desempenhar estas tarefas mesmo em tempo de paz, mormente porque os maridos morreram ou abandonaram o lar. Os rendimentos das mulheres no sector informal da economia começaram causar um sério conflito cultural pondo em causa a capacidades dos homens de ganhar rendimentos e o papel tradicional dos dois sexos na família. Estas mudanças explicam parcialmente a evidência crescente de uma explosão de violência doméstica contra mulheres e crianças desde os inícios dos anos 90.
No que concerne ao lar, os longos anos de conflito criaram situações que dificultam a decisão das mulheres se casarem ou voltarem a casar-se, especialmente se tiverem sofrido abuso sexual. A escassez de homens disponíveis para o casamento também significa que o casamento está associado à aceitação da poligamia, que continua a ser prática comum e socialmente aceitável em Angola. Quando os homens tinham de combater durante alguns anos numa região diferente, a formação de lares secundários era considerada como legítima.
A interacção de milhares de soldados nas regiões da linha de frente com uma população indigente também teve um tremendo impacto de longo prazo nas relações entre os dois sexos. Por exemplo, as raparigas que se prostituíram para sobreviver durante o conflito podem sofrer de graves problemas de saúde, baixa auto-estima ou exclusão social se engravidaram e/ou contraíram doenças sexualmente transmissíveis como HIV/SIDA.
Na sequência do Memorando de Luena, o governo acordou um vasto programa de desmobilização, desarmamento e reintegração. Entretanto, contrariamente à recomendação do Banco Mundial e de outras instituições, as combatentes femininas foram excluídas do recebimento de qualquer benefício directo, já que o programa cobria somente um número pré-definido de soldados da UNITA e das Forças Armadas Angolanas (FAA) e não estabeleceu provisões específicas para grupos vulneráveis como viúvas e esposas da UNITA.
As mulheres que foram sequestradas pela UNITA enfrentaram o dilema de deixar ou não os seus maridos da UNITA e voltar aos seus lares originais, onde corriam o risco de serem rejeitadas. Além disto, a integração dos partidários da UNITA é difícil para homens e mulheres, as relações com os não-partidários da UNITA continuam a ser difíceis, com grandes desconfiadas de parte a parte, e alguns relutantes em dar emprego a partidários da UNITA.
Por outro lado, há indícios de que as mulheres da UNITA, que se embrenharam nas matas durante os anos da guerrilha, sentem agora dificuldade em se relacionar com os homens. As mulheres de áreas urbanas afirmam apreciar poderem expressar agora mais abertamente os seus sentimentos, mas não estão habituadas em fazê-lo; os longos anos vividos sob um regime de repressão tornaram-nas relutantes em mostrar seus sentimentos publicamente.
Participação na vida política e envolvimento das mulheres nas iniciativas de paz
Como em tantas outras situações de conflito, as mulheres angolanas foram excluídas de uma participação significativa nas negociações formais de paz entre as partes em guerra. Nem a OMA, nem a LIMA foram capazes de ter um papel efectivo na promoção do fim da guerra.
A participação mais rumorosa das mulheres na vida política consistiu na promoção de direitos da mulher. Tanto durante como desde o fim da guerra, as mulheres negociaram constantemente com a liderança política, pressionando para que suas preocupações fossem levadas a sério por políticos e funcionários governamentais. No passado, a OMA teve influência decisiva não somente como organização de massa, mas também como uma organização voltada para políticas dedicadas à luta pela melhoria da situação legal das mulheres, bem como para seu fortalecimento económico, e acima de tudo, para a incorporação de questões das mulheres nas principais políticas.
Possivelmente, as realizações mais significativas da OMA ocorreram na década de 1980. Seus esforços resultaram na introdução do Código de Família e na formulação e implementação de uma política que proporcionasse o livre planeamento familiar para as mulheres. Os pontos principais do Código de Família são o reconhecimento de uniões consensuais a par do casamento, a protecção de filhos nascidos fora do casamento e o incentivo a uma divisão justa de tarefas e responsabilidades de família. A OMA também forneceu assistência técnica às mulheres e promoveu o debate e discussão de assuntos anteriormente considerados tabus, como o casamento habitual e o aborto.
E embora a OMA tenha influenciado efectivamente a promoção destas reformas, a realidade é que a maioria das mulheres ainda está lutando para que os seus direitos sejam respeitados na prática. E ainda que a OMA continue a ser até hoje um referencial importante do movimento feminino em Angola, já não é o grupo que lidera a representação da agenda da promoção dos direitos das mulheres. O número de membros entrou em declínio e os laços continuados da organização com o Movimento Popular pela Libertação de Angola (MPLA) contribuíram para solapar sua credibilidade pública e capacidade de atrair fundos da comunidade internacional. Alguns membros decidiram criar as suas próprias ONGs como forma de agir independentemente do partido e têm sido mais activas e engenhosas em responder às necessidades das mulheres, através da instigação de programas e campanhas de desenvolvimento sobre questões como direitos de reprodução e vacinação infantil.
É importante observar que algumas organizações femininas têm se destacado nos esforços de construção de paz. Por exemplo, a Rede Mulher tem advogado pela paz e realizado uma campanha contra a violência sobre as mulheres, e Mulheres, Paz e Desenvolvimento (MPD) tem sido também actuante na construção da paz. Estas acções contribuíram para formação da plataforma feminina da paz e, o que é mais importante, revelaram que é possível para as mulheres de partidos políticos e sectores sociais diferentes juntarem esforços visando o mesmo objectivo.
Todavia, o movimento feminino é, em geral, fraco. Como outros movimentos sociais em Angola, o movimento feminino carece de capacidade de acção e de coordenação. Muitas ONGs femininas não focalizam seu papel e objectivos, reflectindo uma fraqueza geral da sociedade civil angolana, e o resultado é que têm tido pouca influência nas políticas que poderiam melhorar a vida das mulheres. O movimento também tem sido criticado por seu fracasso em representar os interesses de mulheres do povo. A liderança fica muitas vezes nas mãos de mulheres privilegiadas que têm agendas próprias devido às suas fortes ligações com partidos políticos.
Uma das razões porque o movimento feminino fracassou em formar uma plataforma comum tem origem no facto de que a guerra não teve o mesmo significado para todas as mulheres. As mulheres usaram uma variedade de maneiras para sobreviver. E a realidade social das mulheres pobres, seja em áreas rurais ou urbanas, difere grandemente da realidade de mulheres mais privilegiadas. Um número maior de mulheres pobres perdeu seus maridos e filhos na guerra, ou foram deslocadas para campos de refugiados. Para essas mulheres resta pouca esperança de melhoria imediata de suas condições de vida, considerando o seu baixo nível de educação e o facto de que, politicamente, pouco se faz para lidar com as suas necessidades especiais.
Além disto, as organizações femininas padecem das mesmas restrições que outras organizações cívicas no que concerne a actividades financeiras e empresariais independentemente do governo. O sector não governamental está ainda emergindo e as ONGs não têm experiência ou capacidade para responder às enormes necessidades de muitas comunidades. A maioria das iniciativas cívicas é impulsionada por doadores ao invés de comunidades, que até o momento tendem a implementar actividades humanitárias de curto prazo em detrimento de actividades de desenvolvimento de longo prazo. Neste contexto, os grupos locais necessitam de ajuda significativa para começar a implementar actividades sustentáveis de longo prazo. Até agora, o fornecimento desta assistência tem sido deixado, na sua maioria, a cargo de organizações internacionais, contribuindo desta maneira para a grande disparidade entre as capacidades dos agentes locais e internacionais.
Desafios actuais
Hoje em dia, as políticas sociais de Angola continuam a ser dirigidas em grande medida para o sexo masculino. A despeito do reconhecimento dos direitos femininos estabelecidos pela constituição, estes são raramente respeitados na prática, conforme demonstrado em questões como o apoio a crianças, em que o governo não dispõe de mecanismos para assegurar que os homens cumpram com o seu dever paternal. O direito a herança é também uma área em que as mulheres continuam sem avançar, embora este assunto seja mais complexo devido às práticas tradicionais que colocam as viúvas em posição vulnerável depois da morte de seus companheiros.
O maior obstáculo à realização das provisões constitucionais é que a sociedade angolana continua sendo predominantemente uma 'reserva masculina' onde os direitos da mulher são frequentemente violados para a preservação da estrutura patriarcal herdada dos 'valores tradicionais' africanos.
Embora mais elevado do que em qualquer outra parte do continente, o número de mulheres em posições de poder e influência permanece claramente inadequado. Embora 54 por cento da população seja formada por mulheres, elas estão sub-representadas em todos os órgãos decisórios. Apenas 34 de um total de 183 parlamentares e 3 de um total de 27 ministros do governo são mulheres, e existem somente duas embaixadoras, três consulesas gerais, e três ministras adjuntas. A participação das mulheres nos governos locais também é limitada. Este facto pode ser explicado por muitos factores, incluindo sua ausência comparativa da hierarquia dos partidos políticos e as restrições de tempo que as impedem de competir em pé de igualdade na esfera política.
As mulheres envolvidas na tomada de decisões nacionais estão separadas da maioria das mulheres comuns pelo estilo de vida, classe e objectivos. E embora muitas mulheres angolanas considerem a criação do Ministério da Família e Promoção da Mulher um avanço real na batalha pelo espaço político, também se pode entendê-la como tendo ajudado a separar as questões da mulher do resto da agenda política do governo. Muitos argumentariam que a liderança do governo não leva o ministério a sério, alotando-lhe um dos orçamentos mais baixos com a consequência imediata de carência de pessoal e uma capacidade de actuação limitada.
Os meios de comunicação angolanos também têm influência, reforçando imagens sexuais estereotipadas de masculinidade, e proporcionando muitas vezes apoio racionalizado para a perpetuação de violência contra as mulheres. As mulheres são exploradas através de imagens do corpo feminino. Isto pode ser constatado pelos eventos altamente divulgados em torno da eleição de Miss Angola, apoiados pela Primeira Dama e grandemente apreciados por muitos governadores provinciais, que em alguns casos subsidiam o espectáculo com vultosas somas de dinheiro público.
Conclusão
A despeito da capacidade de liderança mostrada por muitas mulheres ao se adaptarem a novas actividades durante a guerra, a igualdade plena entre os dois sexos em Angola continua muito distante. Sob certos aspectos, é até desalentador falar em política de igualdade entre os sexos num contexto em que as disparidades sociais e económicas são as únicas referências deixadas para as novas gerações.
Entretanto, há algumas providências que podem ser adoptadas desde já. Primeiramente, há a necessidade de fazer maiores esforços para analisar e compreender o impacto nos dois sexos da guerra e do seu legado em Angola. Com isto se construiria uma base para o desenvolvimento de políticas sensíveis à situação dos dois sexos, e que poderia facilitar uma participação maior das mulheres em todas as esferas da sociedade. Por sua vez, tal contribuiria para reajustar as relações entre os dois sexos mais de acordo com as necessidades quer de mulheres quer de homens como uma componente fundamental de um processo de longo prazo de desenvolvimento pacífico e sustentável.

Os olhos negros

Olhos Negros
Quando olho pra você e vejo seus olhos negrosPelos quais me apaixoneiVejo dentro deles vocêNão sei se por amizade ou por pura paixãoOlho pra você e penso que não vou conseguirMas parece que hoje isso não tem importânciaPois sei que você está aqui do ladoSempre sonho com vocêPenso constantemente nesses olhos negrosE no seu sorriso cativanteSuas palavras são calculadasSeus atos quase sempre ao seu alcanceGosto de você não só pelos seus olhos,Ou pelo seu sorriso e sua belezaMas também pela sua inteligência,Beleza interior e seu jeito de serNão direi “te amo”, pois são palavras muito fortesSempre lembrarei de tiE estes olhos negros que me fascinamDigo a você, peço a você não uma chance,Mas pelo menos amizade,Porque o amor é quase impossívelNão sei se devo, mas por ti já fiz muito,Mas não o necessário o impossívelOlhos negros, misteriosos, maravilhososComo é bom poder vê-losSimples e complicado, futuro, presente e passadoO espelho em que se vêOlhos negros, olhamos nós...

Anjos Negros

Temas: NEGRO
Anjos Negros

As “pragas devastadoras” invadiram a Diáspora,E embranqueceram nossa cultura.Transformaram em vovós e vovôs,Nossas iaiás e ioiôs.Instituíram um “bem” brancoE um “mal” negro...Uma “paz” branca,E um “luto” negro...Almas brancas que vão pro céu,Almas negras, pro inferno.Deuses brancos que são benéficos,Deuses negros que são maléficos...Anjos brancos que são “cristos”,Anjos negros que são demônios. Chega!!!A negritude dá seu grito de desabafo!As crianças negras querem anjos da guarda negros.O povo negro quer magia negra.O povo negro quer cultura negra!Repudiamos sua prepotência,Repudiamos sua divisão racial,Repudiamos sua aquarela racista.Queremos anjos negros!Faremos um “bem negro”.Somos povo N E G R O!!!

O negro escravo

O Negro escravo
As descrições de testemunhas variam, mas a realidade na sua essência é uma só: o negro escravo vivia como se fosse um animal. Não tinha nenhum direito, e pelas Ordenações do Reino podia ser vendido, trocado, castigado, mutilado ou mesmo morto sem que ninguém ou nenhuma instituição pudesse intervir em seu favor. Era uma propriedade privada, propriedade como qualquer outro semovente, como o porco ou o cavalo.
Castigos domésticos. Rugendas, BMSP
A alimentação, por seu turno, não era a de fartura que alguns autores descrevem, quando afirmam que o negro era o elemento mais bem-alimentado do Brasil Colonial. Pelo contrário. Vilhena, descrevendo o tipo de alimentação do escravo e o comportamento dos seus senhores no particular, pinta uma situação de calamidade alimentar, pois alguns desses nem comida davam aos seus cativos. No final do século XVIII ele assim descreve a situação dos escravos no particular:
[...] dever-se-ia de justiça e caridade providenciar sobre o bárbaro e cruel e inaudito modo como a maior parte dos senhores tratam os desgraçados escravos de trabalho. Tais há que não lhes dando sustento algum lhes facultam somente trabalharem no domingo ou dia santo em um pedacinho de terra a que chamam “roça” para daquele trabalho tirarem seu sustento para toda a semana acudindo somente com alguma gota de mel, o mais grosseiro, se é tempo de moagem.Ainda sobre o mesmo assunto, Ademar Vidal, baseado em uma testemunha da época, afirma que:
A comida era jogada ao chão. Seminus, os escravos dela se apoderavam num salto de gato, comida misturada com areia, engolindo tudo sem mastigar porque não havia tempo a esperar diante dos mais espertos e vorazes.
Feitores castigando negros. Jean-Baptiste Debret
A jornada de trabalho era de catorze a dezesseis horas sob a fiscalização do feitor, que não admitia pausa ou distração. Quando um escravo era considerado preguiçoso ou insubordinado, aí vinham os castigos. O feitor, ou um escravo por ele designado, era o executor da sentença. Conforme a falta, havia um tipo de punição e de tortura. Mas a imaginação dos senhores não tinha limites, e muitos criavam os seus métodos e instrumentos de tortura próprios.
Aplicação do castigo da chibata. Jean-Baptiste Debret
Os dois instrumentos de suplício mais usados eram o tronco e o pelourinho, onde eram aplicadas as penas de açoite. O primeiro poderemos colocar como símbolo da justiça privada, e o segundo como símbolo da justiça pública. Mas, de qualquer forma, a disciplina de trabalho imposta ao escravo baseava-se na violência contra a sua pessoa. Ao escravo fugido encontrado em quilombo mandava-se ferrar com um F na testa e em caso de reincidência cortavam-lhe uma orelha.
Negros no tronco. Jean-Baptiste Debret
O justiçamento do escravo era na maioria das vezes feito na própria fazenda pelo seu senhor, havendo casos de negros enterrados vivos, jogados em caldeirões de água ou azeite fervendo, castrados, deformados, além dos castigos corriqueiros, como os aplicados com a palmatória, o açoite, o vira-mundo, os anjinhos (também aplicados pelo capitão-do-mato quando o escravo capturado negava-se a informar o nome do seu dono) e muitas outras formas de coagir o negligente ou rebelde.

Saúde da angola





ISSO É SER negro

Temas: NEGRO
Isso é ser negro
Dos porões para a vida.Do mundo para a históriaIsso é ser negro.Agora, quando nos oferecerem correntesEu lhes mostrarei a liberdade,Plantarei a semente da igualdadeE exterminarei as raízes do preconceitoPor quê?Porque não custa nada sonharPorque essa realidade deve ser vistaE vivida por nós negros queConstruímos a história do BrasilSe hoje saio dos porões, saioDe cabeça erguida, mesmoSabendo que lá fora vai ser bem piorSe caminho para a vida, é porqueChegou o momento de dizer chega.E se entrei na história,É porque eles reconheceram, nossa importância.E agora irmãos, quando nos oferecemCorrentes, eu lhes mostrarei a liberdade As minhas mãos sem calos, meu coração sem mágoas E minha mente sem preconceitos.
Não poderia deixar de no final de mais um ano , fazer uma refêrencia emotiva do i mportante papel que o africanidade, como jornal digital , tem tido no espaço de comunicação , comunicação , we semsibilização a quec nele tido acesso . a pessar de só nesse ano ter tido conhecimento da existência deste orgão de comunicação , o meu relacionamento com o africanidade foi como que " amor à primeira vista". Acedi, gostei e, propus a mim mesmo dar a minha contribuição neste espaço que " dá voz " às pessoas, dentro do espírito da lusofonia e, particularmente, na sensibilização duma grande paixão minha, que é a " causa guineense ". Com uma apresentação e configuração, brilhantes o site proporciona um acesso de fácil orientação, demonstrando qualidade e inovação na matéria. O africanidade tem congregado esforços no sentido de proporcionar notícias de carácter informativo e temático, para além de debates de ideias dentro do espaço lusófono. Quando em Maio deste ano resolvi usufruir do " direito " de voz, que o jornal concede, estava convicto que estava no lugar certo e na hora certa, pois desde então, passei a ter uma participação activa nos vários fóruns, quer a convite do africanidade, quer por iniciativa própria, escrevendo textos de reflexão como forma de sensibilização da " causa guineense.". Desde então, várias mensagens de apoio me têm chegado, quer de conterrâneos meus, quer de outros cidadãos do espaço lusófono, incentivando-me a prosseguir o debate de ideias e a procura de respostas para os problemas que, mesmo sendo atribuídos especificamente à Guiné-Bissau, encontram paralelismo na maioria dos países lusófonos. Congratulo-me também pela dinamização do site, dado o aumento considerável de participação das pessoas nos vários fóruns existentes. Ciente de que a prestação do africanidade não ficará por aqui, quero agradecer a oportunidade de ter encontrado " nesta casa " uma porta aberta para partilhar os problemas das pessoas e dos seus países. Parabéns pelo vosso empenho na aproximação da comunidade lusófona. Continuação de sucessos na vossa caminhada.
A VIDA SÓ TEM SENTIDO SE ,PARA ALÉM DE NÓS , OUTROS TAMBÉM PUDEREM VIVER...

Dança na Angola

Em Angola, a dança distingue diversos géneros, significados, formas e contextos, equilibrando a vertente recreativa com a sua condição de veículo de comunicação religiosa, curativa, ritual e mesmo de intervenção social. Não se restringindo ao âmbito tradicional e popular, manifesta-se igualmente através de linguagens académicas e contemporâneas. A presença constante da dança no quotidiano, é produto de um contexto cultural apelativo para a interiorização de estruturas rítmicas desde cedo. Iniciando-se pelo estreito contacto da criança com os movimentos da mãe (às costas da qual é transportada), esta ligação é fortalecida através da participação dos jovens nas diferentes celebrações sociais, onde a dança se revela determinante enquanto factor de integração e preservação da identidade e do sentimento comunitário.
Depois de vários seculos de colonização portuguesa, Angola acabou por também sofrer misturas com outras culturais actualmente presentes no Brasil, Moçambique e Cabo Verde. Com isto, Angola hoje destaca-se pelos mais diversos estilos musicais, tendo como principais: o Semba, o Kuduro e a Kizomba.
Localizaçao da angola

HISTORIA DA ANGOLA

O nome Angola deriva da palavra bantu N'gola, título dos governantes da região no século XVI, época na qual começou a o estabelecimento de entrepostos comerciais da região pelos portugueses[carece de fontes?]. A colonização em massa (efectiva) deu-se após o Ultimato Britânico. Visou açambarcar a maior quantidade de território possível.
Foi uma colónia
portuguesa até 1975, ano em que o país ganhou sua independência. Durante a ocupação filipina de Portugal, os holandeses procuraram desapossar os portugueses desta região, ocupando grande parte do litoral (Benguela, Santo António do Zaire, as barras do Bengo e do Cuanza). Em 1648, o luso-brasileiro Salvador Correia de Sá reuniu no Rio de Janeiro uma grande expedição, com uma frota de quinze navios e cerca de dois mil homens, que expulsou os holandeses para contentamento tanto dos portugueses como dos colonos do Brasil. No século XX Angola não conheceu a paz desde 1961 até 2002, primeiro em virtude da luta contra o domínio colonial português, depois como consequência da guerra civil que eclodiu em 1975 entre os principais partidos de Angola, os anteriores movimentos de libertação. O poder político manteve-se na posse do Movimento Popular de Libertação de Angola desde 1975, embora o partido da oposição União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) tenha dominado parte do território até ao fim da última guerra civil.

o negro em nossa cultura

A influencia do negro em nossa cultura

A influencia da raça negra é muito importante e enorme em varias regiões do Brasil. A presença do negro em nossa cultura mostra a sua grade historia e herança de sua vida totalmente do negro e muito importante se não fosem
Eles o Brasil não teria a capoeira A feijoada e outros tipos de culinárias dos negros o leite de coco-da-Bahia, o azeite de dendê, o feijão preto, vatapá. São tipos de culinária dos negros e por isso ele e importante em nossa vida
E por riço eu importante o negro em nossa vida e por riço que ele e importante e se eles não averia as pessoas que existem hoje no mundo
guerreiras As descrições de testemunhas variam, mas a realidade na sua essência é uma só: o negro escravo vivia como se fosse um animal. Não tinha nenhum direito, e pelas Ordenações do Reino podia ser vendido, trocado, castigado, mutilado ou mesmo morto sem que ninguém ou nenhuma instituição pudesse intervir em seu.
A alimentação, por seu turno, não era a de fartura que alguns autores descrevem, quando afirmam que o negro era o elemento mais bem-alimentado do Brasil Colonial. Pelo contrário. Vilhena, descrevendo o tipo de alimentação do escravo e o comportamento dos seus senhores no particular, pinta uma situação de calamidade alimentar, pois alguns desses nem comida davam aos seus cativos. No final do século XVIII ele assim descreve a situação dos escravos no partícula.

Saude da angola

- Panorâmica geral
A guerra civil de Angola que terminou em 2002 após ter durado 27 anos afectou gravemente o estado de saúde e nutrição da população, sobretudo das mulheres e das crianças. A taxa de mortalidade infantil é a terceira mais alta do mundo. Com 260 mortes por 1000 nascimentos, uma em cada quatro crianças morre antes de completar cinco anos de vida. A taxa de mortalidade materna é também uma das mais altas do mundo, estimada em 1700 mortes por cada 100.000 partos. Estas mortes tendem a concentrar-se em zonas urbanas pobres e densamente povoadas e em áreas rurais sem acesso a serviços de saúde. As principais causas clínicas de morte materna são complicações hemorrágicas de abortos, septicemia e obstrução do trabalho de parto.
A malária é isoladamente a maior causa de mortalidade e morbilidade infantis em Angola e o maior problema de saúde pública. Anualmente são diagnosticados 1,4 a 2 milhões de casos em todo o país, e em 2002 66% desses casos deram-se em crianças com menos de 5 anos. O tratamento anti-malárico nem sempre está disponível na rede de saúde e não está padronizado em todas as unidades de saúde. Além disto, apesar de importantes campanhas de promoção e educação, a grande maioria do público não usa redes mosquiteiras. O Estudo de Indicadores Múltiplos (MICS) de 2001 constatou que a nível nacional apenas 10% das crianças de menos de 5 anos dormiam com rede mosquiteira e somente 2% usavam um mosquiteiro tratado com insecticida.
© Unicef Angola/ 2005 Cervantes
A problematica da má nutrição ainda não acabou
A má nutrição é também uma das causas principais de morbilidade e mortalidade infantis. Em 45% de crianças com menos de 5 anos, é considerada uma causa associada em duas de cada três mortes neste grupo etário. O agravamento da situação de pobreza dos agregados familiares e a insegurança alimentar continuam a contribuir para as taxas extremamente elevadas de emagrecimento nas crianças que foram detectadas em várias zonas, tanto durante a guerra como depois do cessar-fogo. O MICS revelou que 31% das crianças com menos de cinco anos tinham peso baixo e 6,2% estavam gravemente desnutridas.
Outras das principais causas da mortalidade infantil são as infecções respiratórias agudas, as doenças diarreicas e as doenças para as quais há vacina. A cobertura de vacinação está a aumentar, embora apenas 47% das crianças de um ano de idade estejam totalmente vacinadas. As taxas de doenças diarreicas agudas são elevadas, em parte devido à falta de acesso à água potável e a serviços de saneamento, particularmente nas zonas rurais onde cerca de 60% das casas não têm acesso a água potável e 75 por cento não dispõem de sanitários.

Negro com orgulho

POESIA
Temas: NEGRO
Negro com orgulho

Sem corSem raçaSem religiãoSem identidadeTalvez sem razãoNos amarraramAs pernasOs braçosDando origem à escravidãoCom corSangue do negroQue não é diferente do meuNem do seuCaro burguêsQue fica ai sentado esperandoO salário gordo no fim do mêsDiante do terrorEm meu corpo colocaram uma corTu és negroEscravo do horrorQuem és tu?Sou homem que um diaJunto ao teu sofrimentoFez enxergar a face do opressorMas com tudoTu me perdoasteE ainda hojeMe perdoasOutras vezesQuem és tu oprimido?Sou aquele que...

cultura da Angola

A África é um continente de grande diversidade cultural que se vê fortemente ligada à cultura brasileira. Pode-se perceber grandes diferenças em suas raças, origens, costumes, religiões e outros.
Os africanos prezam muito a moral e acreditam até que esta é bem semelhante à religião. Acreditam também que o homem precisa respeitar a natureza, a vida e os outros homens para que não sejam punidos pelos espíritos com secas, enchentes, doenças, pestes, morte, etc. Não utilizavam textos e nem imagens para se basearem, mas faziam seus ritos a partir do conhecimento repassado através de gerações antigas.
Seus ritos eram realizados em locais determinados com orações comunitárias, danças e cantos que podem ser divididos em: momentos importantes da vida, integração dos seres vivos e para a passagem da vida para a morte. Na economia, trabalhavam principalmente na agricultura, mas também se dedicavam à criação de animais e de instrumentos artesanais.
Sua influência na formação do povo brasileiro é vista até os dias atuais. Apesar do primeiro contato africano com os brasileiros não ter sido satisfatório, estes transmitiram vários costumes como:
- A capoeira que chegou na época da escravização e era utilizada na África como luta defensiva já que não tinham acesso a armas de fogo;
- O candomblé que também marca sua presença no Brasil, principalmente no território baiano onde os escravos antigamente eram desembarcados;
- A culinária recebeu grandes novidades africanas como o leite de coco, óleo de palmeira, azeite de dendê e até a feijoada, que se originou no período em que os escravos misturavam restos de carne para comerem.
Por Gabriela CabralEquipe Brasil Escola

Machado de assis

Machado de assis

as eleições na angola

Domingo, Setembro 28, 2008
Os estilhaços da derrota eleitoral da UNITA, podem atingir o seu resultado nas presidenciais em 2009
O presidente da UNITA declarou o seguinte: « quero deixar bem claro que assumo, pessoalmente, plena responsabilidade dos resultados alcançados pela UNITA.»; no seu discurso de abertura da 4ª reunião ordinária do Comité Permanente do partido.
No dia 19 de Setembro do corrente ano, o ponto 6 do Comunicado do Comité Permanente da UNITA refere o seguinte: « O Comité Permanente louva o desempenho e reafirma a confiança ao Presidente Isaás Samakuva na condução dos destinos do Partido.».
A “ bajulação “ ao Presidente da UNITA através do “ louvor “ é no mínimo confrangedor para alguns dirigentes que participaram nesta reunião, onde houve uma discussão viva e saudável, no sentido de serem apuradas responsabilidades internas na « derrocada » eleitoral do partido e que o Comunicado não traduz o que se passou.
A partir daqui, começa haver dentro e fora do partido, uma quantidade apreciável de conjunturas perniciosas à pretendida coesão interna e a imagem da mesma, que se queria passar para o exterior, sem sucesso.
Resulta desta situação perturbadora a possibilidade da UNITA ir para o próximo pleito eleitoral em 2009, com uma equipa derrotada e sem uma estratégia eleitoral digna de registo.
Entre os muitos erros que foram cometidos, permito-me a salientar um, o atraso que houve por parte de alguns dirigentes da UNITA em irem para o interior, para os tais « bastiões », antes mesmo de saber-se a data certa das eleições legislativas em Angola. O seu principal adversário político, o MPLA, soube aproveitar esta lacuna grave, uma brecha quase « oferecida » pelo seu concorrente, enquanto aqueles dirigentes da UNITA se mantiveram « acantonados » voluntariamente na capital e nas sedes Provinciais.
Hoje, o MPLA está outra vez na estrada, com a suas « passeatas de vitória », de Província em Província, de cidade em cidade, de aldeia em aldeia, enquanto que os mesmos dirigentes da UNITA continuam instalados nos sítios habituais, sem a preocupação de deslocarem-se aos Comités locais e Provinciais e junto aos militantes saber o que se passou, o que se pode mudar, para que nas próximas eleições se possa “descolar” dos 10% para uma percentagem mais de acordo com a implantação do partido no país.
A UNITA que tanto propagou a “ MUDANÇA “ ela própria está em sérias dificuldades de mudar o que está mal, e quem fez um péssimo trabalho eleitoral, não assume nem larga o « poleiro ».
O Presidente do partido terá sérias dificuldades de convencer o eleitorado, num espaço de tempo tão curto, que o projecto político apresentado aos Angolanos em 2008, ainda tem cabimento, porque a referida derrota eleitoral foi um percalço, que não tem que se repetir nas eleições para Presidência da República de Angola.
Cabe apenas ao Presidente da UNITA querer mudar algumas pessoas da sua Direcção, a estratégia e a forma de actuar junto ao eleitorado, para que os « estilhaços » desta derrota, não atinjam negativamente o resultado da próxima eleição, onde ele é, pelos estatutos do Partido, o candidato a Presidente de Angola.
Carlos Lopes

Escrito por em 16:05:08 Link permanente Comments (0)
Sexta-feira, Setembro 19, 2008
O Presidente da UNITA assume a plena responsabilidade pelos resultados alcançados.
O Dr. Isaías Samakuva optou por assumir pessoalmente os péssimos resultados que o partido teve nestas eleições, considerando não estar em causa a Direcção da UNITA.

Na minha opinião, o Presidente da UNITA chamou a si, a responsabilidade política eleitoral de um conjunto de falhas cometidas internamente pelo partido, por aqueles dirigentes que lhe são próximos, e que não tiveram a coragem nesta IV Reunião do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA, de assumirem perante os seus pares, os erros que cometeram durante a campanha eleitoral.

A partir de agora, há uma expectativa por parte dos militantes da UNITA, em observarem, qual vai ser atitude dos «candidatos a presidência da UNITA» que vão inevitavelmente surgir e irão propor a realização de uma reunião da Comissão Política, com a intenção de chegar ao Congresso Extraordinário para a eleição de um novo Presidente do partido.

O peso do «fracasso eleitoral» vai ser aliviado pelos opositores de Samakuva.

Ao ler o Acórdão do Tribunal Constitucional sobre o indeferimento da Impugnação do acto eleitoral na Província de Luanda por parte da UNITA, que contém as contra alegações da CNE, é referido a falta de apresentação de provas das alegações que se faz, sobre algumas as irregularidades que se apontam. Porque razão, é que os delegados da UNITA, os fiscais, até os observadores, não apresentam provas do que aconteceu em sede própria e conforme a lei?! – Porquê que as Actas não mencionam a falta dos cadernos eleitorais, de boletins de votos, de aberturas tardias etc, etc, etc?! – Porquê é que a CNE aprova por unanimidade um instrutivo que o eleitor podia votar fora da residência, que esse voto ia para uma urna especial e cuja contagem seria feita noutro local, sem qualquer contestação dos Comissários da UNITA na CNE?! – O próprio mandatário da UNITA teve no centro de escrutínio antes do acto eleitoral, onde não estariam representantes dos partidos nem observadores, e não houve contestação nenhuma. Porque razão não aparecem dados sobre a abstenção e a UNITA nada diz sobre este assunto. Ou seja, houve a oportunidade de contestar, reclamar formalmente, denunciar situações com que a UNITA não concordava a partida,… mas que no momento próprio, não fez uso das prerrogativas legais! – O resultado foi o que temos e que o Presidente do partido assume plena responsabilidade e adianta que a Direcção da UNITA não está em causa, porque foi eleita legitimamente, algo que ninguém contesta.
O que vão contestar, é a responsabilidade política pelo resultado eleitoral desastroso.
Quem vai contestar, é quem pensa, que esta é a melhor altura para se candidatar a presidência da UNITA, mediante a assunção total de responsabilidade do actual Presidente do partido. Os outros dirigentes com responsabilidades directas sobre a campanha eleitoral, e que não dão a cara, pensam que ficarão sempre bem, seja qual for o Presidente do partido e terão o seu « lugar » assegurado no «aparelho partidário». Escapa-lhes é a situação precária em que se encontra o partido financeiramente, que não permite «sustentar» tanta gente.

Assim, o actual presidente da UNITA perdeu uma oportunidade de arrumar a casa, optando por não «tomar medidas» e lá terá as suas razões.

Pelo que, parece-me que ficou vulnerável as investidas, de quem ambiciona chegar a Presidente da UNITA.

Carlos Lopes
Escrito por em 04:01:45 Link permanente Comments (0)
Quarta-feira, Setembro 17, 2008
A UNITA é um partido meio urbano e meio rural.
A CNE publicou os resultados definitivos das eleições gerais em Angola após o indeferimento da impugnação da UNITA pelo Tribunal Constitucional.
O círculo Provincial de Luanda, como se sabe o maior do país, veio mostrar um cenário político da UNITA, que os principais dirigentes do partido não contavam. Com 670.363 do total de votos ( 10,39% ) e 258.474 (14,6%) dos votos concentrados no Círculo Provincial de Luanda, a UNITA, tem uma componente urbana perto da componente rural do interior de Angola, os tais « bastiões » de que tanto se fala. E este dado, emergente destas eleições, foi uma das maiores falhas da estratégia eleitoral do partido, principalmente do seu «marketing político», que não fez o que era suposto fazer, para direccionar os dirigentes que estavam em campo, no contacto directo com eleitor. Não foi se quer, o problema da mensagem da «mudança», que era bem aceite e «colava» nos ouvidos do eleitor, mas antes, um sério problema de avaliação do potencial do eleitorado em termos de resultado, ou seja, a quantidade de votos que o partido iria recolher nessa Província, Município e Comuna. Os dirigentes fizeram-se a estrada e apostaram em locais, cujos eleitores não corresponderam a expectativa criada, porque aqueles que dirigiram a campanha da UNITA, com base em dados pouco fiáveis e alguns inexistentes, não conseguiram colmatar as falhas que apareciam, muitas vezes por desconhecimento. E estas situações só acontecem, quando se confia plenamente numa pessoa, ou num pequeno grupo de pessoas, que entendem saber de tudo, mas que depois vai-se ver o resultado, e é aquele que agora sabemos.
Pior que a derrota militar, foi a derrota eleitoral!
Ainda não tomei conhecimento, de algum dirigente que queira ser candidato a Presidente da UNITA, atendendo a caótica situação política, quer interna, quer externa e financeira, em que se encontra partido actualmente. Será um acto corajoso, politicamente falando, avançar para uma disputa de liderança com o Dr. Samakuva, sem previamente reflectir sobre muitos factores que condicionam a UNITA, como a segunda força política nacional e primeira da oposição.
Ainda vai haver muitos a abandonar este « barco a deriva », que necessita de um « porto seguro », para ser « reparado e renovado ». Invés de especular-se em mudanças de liderança no partido, devia-se aguardar pelo pronunciamento do actual Presidente da UNITA, sobre o que ele pensa da situação pós-eleitoral do partido e o que vai fazer, enquanto « capitão do barco », sobre os seus imediatos, marinheiros e todos aqueles, que apesar de tudo, continuam dentro do barco, não fugindo como «ratos» e querem ir para o alto mar, de bandeira bem no alto, continuar a navegar por esse mar fora, que é o nosso País, que precisa de uma oposição forte, para continuar a tentar democratizar o nosso regime político e transformá-lo num Estado de Direito.
Vai-se aguardar, que o Presidente da UNITA reúna-se com os principais responsáveis da campanha eleitoral e que conduziram o partido para o «desastre» e que tenha a frontalidade de os convidar a demitirem-se, para serem substituídos por militantes ou dirigentes, que deram mostras de fidelidade, trabalho e não de intrigas palacianas.
Ao Presidente da UNITA, deixo o recado, pegue na «vassoura» e limpe a casa, mas não pondo o lixo debaixo do tapete.
Carlos Lopes
Escrito por em 00:41:57 Link permanente Comments (1)
Sexta-feira, Setembro 12, 2008
O efeito político da Impugnação da UNITA ( II )
Ontem, O Presidente da UNITA decidiu entregar no Tribunal Constitucional, recorrendo da decisão da CNE, a impugnação do acto eleitoral em Luanda ( e não as eleições gerais). No dia 6 de Setembro, no meu artigo de opinião, que aqui reproduzo : « A UNITA para além de não ter aceite a decisão do CNE de prolongar a votação para este Sábado ( por aplicação do art. 102.º do Decreto nº 58/05 de 24 de Agosto ), decidiu pela impugnação e parece-me que é « por via de recurso contencioso», presumindo que, tenha sido apresentado já reclamação dos actos que tenham sido verificados ( no âmbito dos art. 7.º, 164.º, 165.º, 166.º alínea a), art. 167.º; e mediante decisão da CNE, observa-se o prazo do art. 168.º, deve-se atender ao eventual efeito suspensivo da decisão de que se recorre, conforme o art. 169.º, a sua tramitação art. 170.º e a decisão final do plenário do Tribunal Constitucional, art.171.º, estes artigos são da Lei nº 6 / 05 de 10 de Agosto ).», suscitei o efeito político que esta impugnação ia ter e que já se está a verificar.
Admira-me, é o « efeito surpresa » que a sequência legal da impugnação, está a ter em alguns círculos políticos e informativos, porque não tem nada haver, com o reconhecimento que o Presidente da UNITA fez, de acordo com os dados provisórios que a CNE foi divulgando e que dá o MPLA como vencedor destas eleições ( e que, sobre a abstenção ainda não se sabe a percentagem,… provisória).
Agora, quem fez a ligação errada da declaração do Dr. Isaías Samakuva como Líder da UNITA, com a desistência prematura da Impugnação, é que estará « atrapalhado » para entender ou explicar, esta situação, que é legítima por parte da UNITA.
Parece-me que a UNITA vai aguardar serenamente pela decisão do Tribunal Constitucional e depois verá jurídica e politicamente se ficará por aqui.
Carlos Lopes
Escrito por em 20:41:42 Link permanente Comments (0)
Quarta-feira, Setembro 10, 2008
O MPLA elegerá a nível nacional entre 105 a 108 Deputados e a UNITA de 12 a 14 Deputados
A CNE deu como concluída a divulgação dos resultados provisórios eleitorais,… sem apresentar a percentagem da abstenção!
A vitória eleitoral do MPLA com 4.520.453 votos e uma percentagem de 81.76 e a UNITA com 572.523 votos. O MPLA irá acrescentar mais de 80 deputados pelo círculo provincial e a UNITA provavelmente, não irá conseguir eleger nenhum Deputado na Província de Luanda.
Em termos de desenvolvimento económico e social de Angola, onde a execução dos projectos de investimento, quer públicos quer privados, se situam mais no litoral, o país anda a «duas velocidades» com as assimetrias por todos conhecida. O MPLA tem uma tarefa gigantesca, para «mostrar o que vale» na satisfação das necessidades básicas dos angolanos, uma melhor redistribuição da riqueza, incrementar as dotações orçamentais para as áreas da habitação, saúde, educação e qualificação profissional, emprego e reduzir os níveis de pobreza em todo o país.
Carlos Lopes
Escrito por em 02:41:57 Link permanente Comments (0)
Terça-feira, Setembro 09, 2008
A UNITA patrioticamente aceitou o resultado eleitoral
Numa declaração breve o Presidente da UNITA, Dr Isaías Samakuva aceitou o resultado das eleições legislativas e felicitou os eleitores angolanos, desejando ao partido vencedor « que governe no interesse de todos os angolanos».
A CNE publicou o 7º resultados nacionais provisórios, em que para além do escrutínio permanecer favorável ao MPLA, a percentagem do absentismo, mesmo que provisório, não é anunciado. Porquê?!
O MPLA terá como objectivo principal no ano legislativo, que em princípio terá lugar em 15 de Outubro do corrente ano, a aprovação do OGE e a alteração da Constituição. Segundo este partido, estão a contar eleger no círculo nacional um pouco mais que 100 Deputados no limite dos 130 e no círculo Provincial cerca de 80 Deputados, num máximo de 90.
A UNITA irá por certo fazer uma oposição construtiva na Assembleia Nacional, com uma bancada onde vão estar os principais dirigentes do partido, muito atentos ao previsto cumprimento das promessas eleitorais, que o executivo do MPLA tem que dar aos angolanos ( um milhão de empregos, um milhão de casas, etc, etc ), até porque, o Presidente do MPLA, garantiu, que todos aqueles governantes que não trabalharem em prol do cidadão, vão ser «corridos do poleiro».
Esta maioria qualificada do MPLA na Assembleia Nacional Angolana, responsabiliza este partido de uma forma tão elevada, que neste momento, há imensos dirigentes do MPLA, a fazer contas a vida, porque não se sentem preparados, para assumir junto aos angolanos, erros de governação, que nestes 33 anos de poder do MPLA foram cometidos ciclicamente, sem nunca terem sido chamados a responsabilidade.
Cabe a árdua tarefa ao Presidente do MPLA, de «escolher a dedo», os melhores entre os melhores, que governarão o país nos próximos quatro anos. A «luta para o poleiro» está do lado do MPLA e os outros partidos com assento na Assembleia Nacional, vão « assistir de bancada» o bom ou mau desempenho do governo do MPLA, apresentando novas proposta de lei, que consideram mais adequadas a melhoria da vida dos Angolanos, cabendo ao MPLA votá-las favoravelmente ou não, ou fazendo pior, meter na gaveta, como várias vezes fez aos projectos de Lei da UNITA.
Mas também há uma nobre tarefa da oposição na Assembleia Nacional, que é o de fiscalizar a acção do governo do MPLA.
Os Angolanos têm esperança que a sua vida vai ser mais digna, porque se isso não acontecer, no próximo pleito eleitoral, e não vai demorar muito, irá ser feito um balanço, cujo resultado vai ser apresentado no voto do eleitor.
Carlos Lopes
Escrito por em 02:39:15 Link permanente Comments (0)
Segunda-feira, Setembro 08, 2008
A abstenção representa a «maioria silenciosa» em Angola
Porque razão, é que o CNE não publicou até ao momento, a percentagem da abstenção nas eleições em Angola?
A abstenção embora possa ser elevada, não vai alterar os resultados eleitorais apurados provisoriamente, que dão a vitória ao MPLA com 81,79% ( justificado por “ Kwata Kanawa “ pelo facto do MPLA ter 3 Milhões de militantes ) e a UNITA com 10,50% ( dados da CNE às 20h do dia 07-09-2008 ). Mas ajuda a perceber, o que aconteceu nas mesas de voto ao longo do país e em particular, onde se levantam dúvidas e ocorrências, passíveis de reclamação. Há uma « maioria silenciosa » de eleitores que se abstiveram de votar e em próximos actos eleitorais, vai ser interessante analisar, em que Comunas, Municípios e Províncias a percentagem da abstenção foi maior, para se poder actuar civicamente na dinamização destes eleitores.
Queremos saber os dados provisórios e definitivos do absentismo nestas eleições em Angola.
O Presidente da UNITA geriu muito bem, na conferência de imprensa a questão da impugnação (fundamentando-a) e as razões que o levam a não reconhecer prematuramente os resultados provisórios, que foram anunciados. Com sentido de Estado transmitiu aos Angolanos a tranquilidade e a serenidade político – eleitoral, que se esperava.
A reclamação do MPLA, em relação as 24 mesas de voto montados no campo petrolífero de Malongo, em Cabindas, onde a maioria dos trabalhadores votou a favor da UNITA, vai no sentido de pedirem a anulação do acto, sob o pretexto de não ter havido o uma fiscalização do partido da situação. Não foram só os « outros partidos » que reclamaram nestas eleições.
Os Angolanos, nesta Segunda-Feira vão encontrar um dia igual ao anterior, porque a maioria vai continuar a sobreviver com menos de 1 USD/dia e estes angolanos vão aguardar, que as promessas eleitorais sejam cumpridas, porque aqueles, que votaram no MPLA, já sabem com que vão contar no futuro.
Carlos Lopes
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Sábado, Setembro 06, 2008
O efeito político da impugnação apresentada pela UNITA ao CNE
A UNITA para além de não ter aceite a decisão do CNE de prolongar a votação para este Sábado ( por aplicação do art. 102.º do Decreto nº 58/05 de 24 de Agosto ), decidiu pela impugnação e parece-me que é « por via de recurso contencioso», presumindo que, tenha sido apresentado já reclamação dos actos que tenham sido verificados ( no âmbito dos art. 7.º, 164.º, 165.º, 166.º alínea a), art. 167.º; e mediante decisão da CNE, observa-se o prazo do art. 168.º, deve-se atender ao eventual efeito suspensivo da decisão de que se recorre, conforme o art. 169.º, a sua tramitação art. 170.º e a decisão final do plenário do Tribunal Constitucional, art.171.º, estes artigos são da Lei nº 6 / 05 de 10 de Agosto ).
É do conhecimento geral, as situações que ocorreram ontem e que infelizmente, em algumas das quarenta e oito assembleias de voto, voltaram a surgir os mesmos problemas, que desmotivaram a afluência de eleitores a esses locais, aumentando a abstenção.
Há legitimidade da parte da CNE tomar uma decisão com base num artigo do Regulamento da Lei Eleitoral, como também a UNITA, ou o FpD, ou outro partido que concorreu as estas eleições, têm o direito de reclamar em sede própria, no âmbito das Leis que vigoram no país, que é um Estado de Direito e Democrático. Neste sentido, podem vir a considerar, que se aplicaria o art. 101.º do Decreto nº58/05 de 24 de Agosto e o nº 2 do art. 121.º da lei Eleitoral, ou seja, que a votação teria lugar no prazo de oito dias e num só dia ininterruptamente.
Ainda não ouvi da parte dos partidos « contestatários » acusações de fraude eleitoral, de não reconhecer o escrutínio, até porque ainda não foram publicados resultados eleitorais, mas sim da parte do MPLA, a começar pelo Presidente deste partido que faz o sinal de vitória, depois de votar, que garantem uma maioria qualificada, vamos lá saber em que se baseiam, e pejorativamente atacarem a UNITA, por um acto legítimo de reclamação e impugnação.
O Presidente da CNE, já afirmou que «oportunamente» irá analisar os fundamentos do pedido de impugnação do processo de votação apresentado pela UNITA. Considerou que o processo de votação teve um saldo positivo na sua generalidade.
O presidente da Comissão Provincial Eleitoral, anunciou que a contagem dos votos na Província de Luanda inicia-se amanhã, Domingo, depois do encerramento das últimas quarenta e oito assembleias de voto.
A missão de observadores da SADC declarou hoje em Luanda que as eleições foram “ livres, credíveis e pacíficas “.
A chefe de observadores da União Europeia, afirmou que Angola violou as leis eleitorais ao não fornecer listas de registo de votantes nas assembleias de voto ( que é uma das ocorrências que a UNITA reclama ) e adiantou, que não é possível “ dizer que o processo foi realizado de acordo com as regras” ( também é por isso, que a UNITA impugna, porque as regras são para se cumprirem ). O relatório final desta missão de observadores teve um adiamento de 24 horas.
O efeito político eleitoral da impugnação da UNITA, vai-se fazer sentir nos próximos dias, porque foi feito no quadro da legalidade e os cidadãos, vão perceber que no nosso país, as reclamações têm que ser atendidas, analisadas e decididas dentro dos prazos legais, pelos órgãos competentes e não a revelia de interesses instalados ou partidários.
Carlos Lopes
Escrito por em 23:42:28 Link permanente Comments (0)
Sexta-feira, Setembro 05, 2008
A « prontidão » falhou, a organização eleitoral « derrapou » e o eleitor em Luanda votou.
Apesar de todas as situações anómalas que ocorreram em algumas Assembleias de voto, umas que abriram com atrasos de horas, de manhã e a tarde, outras nem sequer abriram, noutras falharam os boletins de voto ou cadernos eleitorais, o Presidente da CNE garantiu que o processo de votação decorreu em todo o país com «normalidade» e observância das regras estabelecidas para as legislativas. Surpreendentemente admitia a possibilidade da divulgação dos primeiros resultados parciais, ao anoitecer. Mas depois, lá aceitou os atrasos de abertura de algumas assembleias em Luanda, devido a problema operacionais e que as coisas iam melhorando com o decorrer do tempo. Para o Dr. Caetano de Sousa, o problema de Luanda é ter muita gente e pouca fluidez no trânsito, algo que todos os Luandenses sabem. A solução de recurso que foi encontrada, foi adiantar a hora do fecho das assembleias e com isso, já algumas funcionam com velas, porque os conhecidos cortes de energia eléctrica, estão a acontecer e alguém esqueceu-se de levar o gerador. Na Huíla e Cabinda, também tiveram algumas assembleias a serem abertas com atraso.
Não foi totalmente descabido a primeira declaração da Chefe da Missão de Observadores da União Europeia, quando dizia que em relação a organização das eleições « é um desastre ».
É que na verdade, é mesmo desastroso o que aconteceu em termos organizativos e se politicamente à poucos meses atrás, os partidos da oposição manifestaram-se contra as eleições em dois dias seguidos, até parece uma coincidência, o que está acontecer no processo de votação em Angola.
Estão muito bem, os Líderes dos partidos da oposição ao MPLA, que entraram de imediato em diálogo com o CNE, para encontrar-se uma posição de consenso, nem que seja, a repetição das eleições em Luanda, que perante o que ocorreu, é perfeitamente aceitável e não tem nada de anormal. Mostram maturidade politica eleitoral, porque observaram, que os eleitores, na maiorias das assembleias, compareceram para exercer um direito cívico inalienável, o direito de votarem, horas antes das assembleias abrirem e não arredaram pé, aguardando pacientemente, pela sua vez de colocarem na urna o seu voto, acto que esperam à dezasseis anos. Os responsáveis políticos deste país, devem fazer o que tem que ser feito, que é dar a possibilidade de todos eleitores votarem, cumprindo rigorosamente com o que se comprometeram, facultar ao povo Angolano uma campanha eleitoral pacífica e esclarecedora dos diversos programas de governação, organizar as eleições, que permita ao eleitor votar, tranquilamente e que tenha a percepção que o processo é transparente, e antes mesmo, da abertura de urnas, contagem de votos e publicação dos mesmos, contribuirem para as correcções das anomalias presenciadas por todos, e que devem ser corrigidas atempadamente, para bem da credibilização política em Angola.
O Povo Angolano, tem que começar a creditar nos seus dirigentes políticos para que tenham esperança, numa vida digna e com futuro no seu país.
Carlos Lopes
Escrito por em 23:41:40 Link permanente Comments (0)
Quinta-feira, Setembro 04, 2008
Reflectir hoje, para agir amanhã e acreditar numa Angola melhor
Nos últimos trinta dias, os angolanos continuaram a sobreviver diariamente e ouvindo uma variedade de promessas.
A noite havia diálogos fraternos entre amigos e familiares e discutia-se um pouco, de como seria o dia de amanhã, se estivesse nas suas mãos, fazer o melhor para si e para os outros, num princípio cristão de solidariedade.